Arte & Artistas
13  DVDs
Joana Vasconcelos - Coração Independente
Joana Vasconcelos é uma das mais reconhecidas e mediáticas artistas portuguesa da sua geração. Com um percurso nacional e internacional impressionante para a sua idade, as suas obras são frequentemente apontadas pela sua dimensão kitsch e espalhafatosa. Mas são também um reflexo mordaz de uma parte deste mundo. Amadas por uns e odiadas por outros, são tão reconhecidas como a artista. Ao longo de quase um ano, fomos filmando a vida de uma das suas peças mais icónicas, “Dorothy”, um sapato gigante construído a partir de centenas de tampas de panelas. O filme olha de perto para o processo de trabalho da artista e da sua equipa, que vemos em acção no seu atelier, mas é principalmente um retrato de Joana Vasconcelos, da sua força, vontade e dedicação ao trabalho.
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Michael Biberstein - O Meu Amigo Mike ao Trabalho
Mike,  o meu amigo, é meio suíço, meio americano. É pintor e vive há 30 anos em Portugal, onde ele descobriu a sua Ilha dos Amores. É pois também português.
Na Fonte Santa, entre e o Redondo e o Alandroal tem o seu atelier, um enorme hangar onde fizemos este filme. O seu nome de guerra é Michael Biberstein. Reconhecido internacionalmente, é um pintor presente na Gulbenkian, em Serralves e na Colecção Joe Berardo, no que a Portugal diz respeito, e no estrangeiro no Museu Reina Sofia, em Madrid, o Beaubourg em Paris, no Whitney Museum em Nova York. Para lá dos múltiplos coleccionadores particulares portugueses e estrangeiros.
Decidimos partir para esta aventura numa conversa em casa de amigos comuns.
"Mike, porque é que não fazes um quadro para eu filmar?". "Porque não?", respondeu-me o Mike. "Devo dizer-te, no entanto, que se não gostar do quadro não há filme". "Vamos arriscar, essa é a verdadeira natureza do cinema, e já agora da pintura, não achas?". Arriscámos, e aqui está o resultado.
O Mike deu-me a ver e a filmar a sua viagem interior na criação de uma pintura. Filmámos pois o silêncio, o seu mistério, e a sua magia.
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Bartolomeu Cid dos Santos - Por Terras Devastadas
Bartolomeu Cid dos Santos (1931-2008), gravador, pintor, é um dos grandes artistas do século XX. O seu é o mundo crepuscular do fim do Império, ele que criou as primeiras metáforas contra o Colonialismo Português. E que, com renovada vitalidade, se insurgiu contra a Nova Ordem Mundial. Sabendo, com Eliot, que "tempo passado e tempo futuro estão ambos presentes no tempo presente".
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Helena Almeida: Pintura Habitada
Filme sobre o trabalho de Helena Almeida, artista plástica que, desde o final dos anos 60, tem desenvolvido uma obra na qual explora os limites da auto-representação e as fronteiras dos diferentes meios que utiliza, sejam eles a pintura, o desenho, a fotografia ou o vídeo.Pintura Habitada centra-se nas várias fases e elementos envolvidos no elaborado processo criativo através do qual Helena Almeida constrói os seus trabalhos, desde os primeiros estudos à exposição das obras acabadas.É um filme sobre a artista plástica Helena Almeida. Mas dizer isto, que é “sobre Helena Almeida”, talvez seja abusivo, visto que a “biografia” está longe de ser o centro do filme – e o facto de raramente vermos o rosto da artista (nalguns planos, ostensivamente cortado pelo enquadramento) só amplia essa dimensão: não se quer retratar uma “figura”, quer-se expor o relacionamento entre a artista, o trabalho e a obra, ver de que maneira o corpo (as mãos, exemplo prioritário) “habita” a sua pintura, a sua fotografia, o seu vídeo.
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Francis Bacon: Na Arena de Bacon
Francis Bacon (1909-1992) é um dos maiores pintores do século XX.
Através de entrevistas e depoimentos este filme dá-nos uma ampla perspectiva da vida e obra do pintor e uma proximidade que permite compreender melhor os seus quadros.
Neste documentário ficamos a conhecer o lado charmoso e carismático de Francis Bacon, em contraste com os personagens habituais dos seus quadros: corpos deformados e papas aos gritos. O realizador traça um retrato biográfico de Bacon e relaciona a vida e arte do pintor enquanto faz a leitura dos seus quadros à luz das relações amorosas de Bacon com seis homens ao longo das seis décadas da sua vida. Ficamos a conhecer as suas opiniões, os seus amigos e o estúdio onde viveu e trabalhou durante 30 anos.

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Lourdes Castro - Pelas Sombras
“Vem ver a pintura que estou a fazer. Um bocado grande, não cabe em museu nenhum. E tão pequena, tão pequenina que todos que passam por aqui nem dão por isso. Uma tela com forma esquisita. O que vale é que não é preciso esticá-la. Por si só, ela está sempre pronta a receber pinceladas, ventos, estações, chuva, sol...."Quando eu tinha catorze anos levaram-me a ver um teatro de sombras. Chamava-se Linha do Horizonte e revelava o dia-a-dia de uma mulher, através de sombras projectadas num lençol branco.Essa experiência marcou-me profundamente. Lourdes Castro ­ficou conhecida como a artista que se ocupa de sombras. Passados vinte anos fui à Madeira conhecer a mulher por detrás daquela sombra. O que “ocupa” hoje Lourdes Castro? Catarina Mourão
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Pedro Calapez - Trabalhos do Olhar
Pedro Calapez é um dos artistas portugueses com maior destaque internacional. A sua obra, plasticamente poderosa, tem-se desenvolvido de forma consistente desde os anos 70. Mas o seu percurso é rico em alterações, mudanças, invenções, continuidades, uma experiência permanente ao nível da cor, do desenho e dos materiais. O filme olha de perto o artista no seu atelier ou na montagem de uma exposição, revelando o seu processo de criação, indagando a própria especificidade da pintura. Ao mesmo tempo, é-nos dada a riqueza e as dimensões  do trabalho artístico de Calapez, numa viagem que vai da exposição na Galeria Max Estrella, em Madrid, à Casa da Cerca, em Almada, mas também olhando um trabalho cenográfico e revelando as obras públicas, nomeadamente os trabalhos efectuados no Mosteiro dos Jerónimos, na Igreja da Santíssima Trindade, no santuário do Fátima ou na praça em calçada portuguesa na Porta-Sul da Exposição Internacional de Lisboa de 1998.
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Ana Vieira - E o que não é visto

É insólito o lugar de Ana Vieira (n. 1930) na arte portuguesa: trabalhando o rasto, a sombra, a passagem da luz (ou dos corpos?), o reflexo, a sobreposição, a pegada, a memória ou a planificação do futuro, a sua arte raia o invisível. E questiona o lugar da arte - e o do espectador, colocado sempre “de fora” ou com a consciência do “off”. Pois não é Ana Vieira que diz “ o que me interessa mais neste momento é o que não é dito e o que não é visto”?
Jorge Silva Melo

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6=0 Homeostética
Documentário sobre o movimento Homeostética, que surgiu em Lisboa nos anos 80 e foi constituído pelos artistas Fernando Brito, Ivo, Pedro Portugal, Pedro Proença, Manuel João Vieira e Xana. Utilizando o humor como estratégia de demarcação crítica, a Homeostética manteve sempre uma posição marginal de fortes influências Dadaistas e desenvolveu uma intensa produção que resultou em exposições, textos, manifestos, filmes, concertos e outras performances colectivas. Discretos nas suas realizações e desprezando olimpicamente a sua própria glorificação, os homeostéticos perderam em visibilidade externa o que vieram a ganhar em modo de existência. Para eles o sentido da vida encontrava-se na criação artística e a criação artística, por sua vez, permitia-lhes inventar novas possibilidades de vida. O Museu de Serralves dedicou-lhes uma retrospectiva em 2004.
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Gravura - Esta Mútua Aprendizagem
Em 20 de Julho de 1956, um grupo de artistas funda a Cooperativa de Gravadores Portugueses, a Gravura que ainda funciona.
Um documentário sobre a Gravura, a cooperativa de gravadores portugueses fundada em Lisboa, em 1956, por um grupo de artistas e intelectuais. Através de quase três dezenas de depoimentos, retrata-se aqui a sua história, e as suas consequências, a sua origem nos movimentos de oposição à ditadura, numa improvisada garagem de Algés. E sobretudo, a necessidade que os artistas sentiram de aprender em conjunto, de se organizar, aprender e ensinar ao mesmo tempo. Um momento único de camaradagem, aprendizagem, intercâmbio, um momento político na História das Formas.
“Pode dizer-se que a gravura moderna tem origem exactamente em 1956, quando se formou a Gravura. E pode falar-se de aventura.” - escreveu Fernando de Azevedo, em 1976. “Se digo aventura, é porque de facto o foi, sabido que todas as aventuras comportam riscos. Que risco não seria, então, congregar artistas e coleccionadores, os primeiros tentando o que não tinham sequer aprendido, tentando os segundos acompanhá-los sem o terem aprendido sequer. Esta mútua aprendizagem é uma das coisas bonitas que aconteceram nos últimos anos da vida artística portuguesa.”
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Ângelo de Sousa - Tudo o que Sou Capaz
Ângelo de Sousa vive e trabalha no Porto desde os anos 50. Quis filmá-lo ao sabor de encontros vários, em Coimbra numa exposição de escultura, em casa, no atelier, em Lisboa.
O filme parte de vários encontros com o Artista, como se fossem várias curtas-metragens justapostas, em que ele comenta os seus trabalhos, os métodos, a repetição das formas, as alternâncias de suportes (papel, fotografia, vídeo, metal), ele que tanto trabalha o desenho como a escultura como o papel. Inquieto, Ângelo guia-me pela sua sempre declarada alegria, impermanente conquista diária das formas simples.
Jorge Silva Melo

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António Sena - A Mão Esquiva
António Sena expõe desde 1964. Serralves realizou em 2003 uma extraordinária retrospectiva de António Sena. Eu não o conhecia pessoalmente; mas conhecia-lhe grande parte da obra discreta, intensa, original. Surgiu a ideia de fazermos um filme: não um documentário histórico, retrospectivo, mas uma maneira de ver a transformação das formas no tempo. E fomos filmando: entre 2003 e 2009.
O que me interessou foi filmar-lhe “a incessante mão”, a mão que escrevinha, rasura, escreve, acrescenta, pinta e apaga ou pinta e inscreve. Incessantemente. E se esquiva.
Jorge Silva Melo
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Nikias Skapinakis - O Teatro dos Outros
Uma revisitação da obra do Pintor Nikias Skapinakis a partir da exposição Quartos Imaginários (2006).
“Ele é, de certa maneira, o único clássico que conheci”, diz Jorge Silva Melo, “o artista apolíneo que instala uma distância clara entre si e o objecto, que pinta com as “mãos frias”, no dizer exacto do poeta José Gomes Ferreira, um pintor que não rejeita nenhum dos géneros, o desenho, o nu, a paisagem, o retrato, a natureza morta. Viajar livremente pelos seus trabalhos, encontrar temas e técnicas transmutadas, seguir os seus mais de cinquenta anos de vida activa e prática ininterrupta é viajar por um universo meticuloso, intenso, intransigente, obstinado, livre. É a essa intransigência e a essa liberdade que quereria convidar o espectador, são cinquenta anos de uma provocação tranquila como já houve quem chamasse à sua obra multímoda e única.”
Jorge Silva Melo
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preÇo da colecÇÃo: 120 euros
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