25 Janeiro 2019
DEBAIXO DO CÉU DE NICHOLAS OULMAN ESTREIA A 24 DE JANEIRO
A Midas Filmes estreia a 24 de Janeiro Debaixo do Céu, documentário realizado por Nicholas Oulman, em exclusivo no Cinema Ideal, em Lisboa.
Nicholas Oulman é de origem judaica e em Debaixo do Céu dá voz a vários sobreviventes (hoje com cerca de oitenta anos), que aquando da ascensão de Hitler e da perseguição aos judeus, lograram deixar Berlim e rumaram a Sul. Para estes refugiados, Portugal foi um porto seguro, um porto de esperança a caminho de um recomeço, enquanto circulavam notícias do horror dos campos de concentração.
Debaixo do Céu é composto inteiramente por imagens de arquivo, que ilustram os testemunhos e são imagens preciosas para compreender um período negro da História.
Com esta estreia, assinalamos os 80 anos sobre o início da II Guerra e o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto (que se celebra a 27 de Janeiro).
Nota de Intenções
Sobre o tema de "Debaixo do Céu" - a perseguição de judeus pelo regime nazi antes e durante a 2ª Guerra Mundial - muitos filmes foram feitos. Quisemos fazer algo diferente ao abordar essa época negra da nossa História. A ideia de partirmos da experiência de vida de cada interveniente, das suas histórias muitas vezes aparentemente banais, das reflexões que encerram passados estes tantos anos e que compõem as pequenas grandes coisas que marcam a existência, pareceu-nos o melhor caminho.
Ao nível da imagem quisemos escolher visualmente o que melhor se relacionasse com o que fosse dito, mesmo que indirectamente, e pudesse criar situações de identificação com o espectador deixando nele fluir o seu imaginário, os seus sentimentos e as suas emoções. Ao nível do som quisemos compôr para esse universo criando uma montagem que permitisse perceber a intensidade dramática do que se dizia, o valor do que se perdera, a profundidade do que parecia ser apenas simples e também a esperança de que apesar de tudo é possível sermos melhores.
E foi com base nestes três factores que construímos o filme abrindo assim o terreno para o conhecimento, a identificação, a reflexão e a rejeição de tudo aquilo poder acontecer de novo. Porque tudo o que nos é dado ouvir, ver e sentir se passou aqui, nos mesmos lugares onde hoje vivemos e os nossos filhos, netos e bisnetos viverão também, debaixo desse mesmo céu.