É já dentro de uma semana que tem início o Festival de La Rochelle, em França, que na sua 40ª edição dedica uma “Homenagem a João Canijo”, com a exibição de seis das suas longas-metragens entre as quais estará naturalmente Sangue do Meu Sangue.

Como o define o catálogo do festival, João Canijo é “um dos realizadores mais importantes da sua geração, um cineasta português exigente e profundo, desconhecido em França – uma injustiça a reparar o mais depressa possível”. Nesta edição, que inclui também retrospectivas de Chaplin, Walsh e Cassavetes, e em que são também homenageadas Anouk Aimé e Agnès Varda, a presença do mais recente filme de João Canijo – que aí estará acompanhado pelas actrizes Rita Blanco e Anabela Moreira – será um dos grandes acontecimentos.

Nos próximos dias o filme será também apresentado no Festival de Cinema de Edimburgo, o mais prestigiado festival de cinema que tem lugar na Grã-Bretanha, e onde Sangue do Meu Sangue tem estreia naquele país, integrado na secção New Perspectives. No programa do festival escreve-se sobre o filme: “interpretações soberbas do conjunto dos actores, sob a direcção virtuosa de Canijo dão a esta história um poder muito especial”.

O filme estará também por estes dias a ser exibido numa Mostra de Cinema Português, em Moscovo, depois de ter sido exibido em Novi Sad, na Sérvia (no Cinema City Film Festival).
E de regresso ao Brasil, depois do prémio no Festival de Curitiba, a uma Mostra de Cinema Português que o levará ao Rio de Janeiro e a São Paulo, e em cujo programa se escreve que “Sangue do Meu Sangue surge no contexto da cinematografia de Canijo, como auge do seu projeto cinematográfico e político, expondo uma sociedade em combustão lenta e onde o peso da história e do poder dominante surge com o efeito de nevoeiro e de marca indelével nas personagens”.