26 Abril 2013
JOÃO CANIJO : HOMENAGEADO NO MÉXICO, ESTREIA NOVO FILME NOS CINEMAS E SANGUE DO MEU SANGUE PASSA NA RTP1
Na mesma semana em que estreia nos cinemas É O AMOR, o seu mais recente
trabalho, João Canijo é homenageado na cidade do México onde a
Cinemateca local lhe dedica uma retrospectiva, e a sua longa-metragem
anterior, Sangue do Meu Sangue, é exibida na RTP1.
Estreado há ano e meio no Festival de San Sebastian, onde recebeu desde logo dois prémios, Sangue do Meu Sangue foi entretanto premiado em mais seis dos quarenta festivais de cinema de todo o mundo em que foi exibido. Depois de mostrado na RTP na sua versão em 3 partes, o filme estreia este sábado, às 23H45, na RTP1.
Nesse mesmo dia tem início no México, numa das maiores e mais importantes cinematecas do mundo, uma retrospectiva da sua obra com os seus cinco filmes mais recentes (Ganhar a Vida, Noite Escura, Mal Nascida, Trabalho de Actriz Trabalho de Actor e Sangue do Meu Sangue), retrospectiva que contará com a presença do realizador, tanto na Cidade do México como em Monterrey.
E entretanto É O AMOR estreia nos cinemas portugueses, depois de ter sido exibido na Competição Nacional do Festival IndieLisboa. Resultado de um desafio do Festival de Vila do Conde, o filme que Canijo dirigiu com a colaboração da actriz Anabela Moreira, tem recolhido grande eco junto da crítica especializada.
Grande filme de Joāo Canijo. O Portugal que as cidades às vezes nāo gostam de ver.
Manuel Falcão
Canijo revela de novo uma profunda compreensão das mulheres.
O filme ultrapassa géneros: a actriz representa a ficção tentando inserir-se na realidade, confronta a pobreza actual da ficção com a força da vida das pessoas comuns.
Eduardo Cintra Torres, in Correio da Manhã
É um filme de mulheres. Os pescadores aventuram-se no mar, mas Canijo ficou em terra, imiscuindo-se no universo das mestras e trabalhadoras da lota.
Manuel Halpern, JL
Canijo encontra o romance perfeito do “viveram felizes para sempre” numa lota, entre galochas, aventais, fanecas, salpicos e a música de Zezé di Camargo. O filme mais solar do realizador.
Ana Margarida de Carvalho, Visão
A propósito de Sangue do Meu Sangue, muito se falou de “amor incondicional”; aqui, o amor é a própria condição, sine qua non, que garante o funcionamento duma estrutura social, e o filme de Canijo, basicamente, é sobre isso, ou é um retrato disso.
É o amor, porque, numa mistura de pragmatismo e fatalismo, não pode ser outra coisa. É cumprir “a obrigação”, segundo a terminologia local. Um trabalho, portanto - manter a casa, criar os filhos, tratar do peixe quando chega, gerir as operações em terra. As mulheres como “sangue do sangue” daquela comunidade.
Eis, de maneira um pouco mais precisa, o objecto do filme de Canijo. Que encontra - é o seu grande achado - o “sujeito” ideal para o interpretar. Sónia Antunes, mulher de pescador, força da natureza, plenamente convicta da “obrigação”, que interiorizou e sobre a qual disserta e teoriza ao longo do filme inteiro. A sua energia, fundada em doses iguais de candura e determinação, domina o filme, condu-lo, ilumina-o.
Luís Miguel Oliveira, Público
Um retrato profundo, tocante e verdadeiro de uma comunidade surpreendente, sobre a qual vamos mudando de opinião ao longo de todo o filme. A não perder.
Luís Salvado, Time Out
Canijo consegue transmitir uma essência tão pura que poucas vezes se consegue quando se retrata Portugal. Um filme humano, porque o país é bem mais do que as aparências do quotidiano.
Espalha-Factos
Estreado há ano e meio no Festival de San Sebastian, onde recebeu desde logo dois prémios, Sangue do Meu Sangue foi entretanto premiado em mais seis dos quarenta festivais de cinema de todo o mundo em que foi exibido. Depois de mostrado na RTP na sua versão em 3 partes, o filme estreia este sábado, às 23H45, na RTP1.
Nesse mesmo dia tem início no México, numa das maiores e mais importantes cinematecas do mundo, uma retrospectiva da sua obra com os seus cinco filmes mais recentes (Ganhar a Vida, Noite Escura, Mal Nascida, Trabalho de Actriz Trabalho de Actor e Sangue do Meu Sangue), retrospectiva que contará com a presença do realizador, tanto na Cidade do México como em Monterrey.
E entretanto É O AMOR estreia nos cinemas portugueses, depois de ter sido exibido na Competição Nacional do Festival IndieLisboa. Resultado de um desafio do Festival de Vila do Conde, o filme que Canijo dirigiu com a colaboração da actriz Anabela Moreira, tem recolhido grande eco junto da crítica especializada.
Grande filme de Joāo Canijo. O Portugal que as cidades às vezes nāo gostam de ver.
Manuel Falcão
Canijo revela de novo uma profunda compreensão das mulheres.
O filme ultrapassa géneros: a actriz representa a ficção tentando inserir-se na realidade, confronta a pobreza actual da ficção com a força da vida das pessoas comuns.
Eduardo Cintra Torres, in Correio da Manhã
É um filme de mulheres. Os pescadores aventuram-se no mar, mas Canijo ficou em terra, imiscuindo-se no universo das mestras e trabalhadoras da lota.
Manuel Halpern, JL
Canijo encontra o romance perfeito do “viveram felizes para sempre” numa lota, entre galochas, aventais, fanecas, salpicos e a música de Zezé di Camargo. O filme mais solar do realizador.
Ana Margarida de Carvalho, Visão
A propósito de Sangue do Meu Sangue, muito se falou de “amor incondicional”; aqui, o amor é a própria condição, sine qua non, que garante o funcionamento duma estrutura social, e o filme de Canijo, basicamente, é sobre isso, ou é um retrato disso.
É o amor, porque, numa mistura de pragmatismo e fatalismo, não pode ser outra coisa. É cumprir “a obrigação”, segundo a terminologia local. Um trabalho, portanto - manter a casa, criar os filhos, tratar do peixe quando chega, gerir as operações em terra. As mulheres como “sangue do sangue” daquela comunidade.
Eis, de maneira um pouco mais precisa, o objecto do filme de Canijo. Que encontra - é o seu grande achado - o “sujeito” ideal para o interpretar. Sónia Antunes, mulher de pescador, força da natureza, plenamente convicta da “obrigação”, que interiorizou e sobre a qual disserta e teoriza ao longo do filme inteiro. A sua energia, fundada em doses iguais de candura e determinação, domina o filme, condu-lo, ilumina-o.
Luís Miguel Oliveira, Público
Um retrato profundo, tocante e verdadeiro de uma comunidade surpreendente, sobre a qual vamos mudando de opinião ao longo de todo o filme. A não perder.
Luís Salvado, Time Out
Canijo consegue transmitir uma essência tão pura que poucas vezes se consegue quando se retrata Portugal. Um filme humano, porque o país é bem mais do que as aparências do quotidiano.
Espalha-Factos