02 Maio 2018
NO INTENSO AGORA DE JOÃO MOREIRA SALLES EM DVD COM O PÚBLICO E NAS LOJAS A 4 DE MAIO
No Intenso Agora, de João Moreira Salles, premiado no festival Cinéma du Réel, em Paris, com o Prémio Melhor Filme e Melhor Música (da autoria de Rodrigo Leão), é lançado em DVD a 4 de Maio e estará nas bancas com o Público e nas lojas por apenas 7,90 euros.
Evocação do ano de 68 - o Maio francês, Praga e a invasão da Checoslováquia, o Brasil sob a ditadura militar - a partir de imagens amadoras que a sua mãe filmou na China, que visitou com um grupo de amigos - ‘industriais, banqueiros e gente da sociedade’ - em 1966, em plena Revolução Cultural, o filme estreia entre nós precisamente a 22 de Março, data em que em 68 os estudantes tomaram a universidade de Nanterre, e que daria o nome ao movimento de que Daniel Cohn-Bendit foi um dos fundadores.

Em No Intenso Agora João Moreira Salles interroga o sentido das imagens dos grandes acontecimentos que em 1968 abalaram o mundo e reflecte sobre a forma como esse tempo de grandes esperanças foi sendo substituído pelo desalento e a derrota.
Premiado no festival Cinéma du Réel, em Paris, com o Prémio Melhor Filme e Melhor Música (da autoria de Rodrigo Leão), depois de ter estreado internacionalmente no Festival de Berlim, o filme foi exibido pela primeira vez entre nós na última edição do Doclisboa.

João Moreira Salles é autor de diversos documentários, entre os quais se destacam Santiago (2007, também apresentado no Doclisboa), Entreatos (2002, sobre a campanha eleitoral que levou Lula à presidência) e Notícias de uma Guerra Particular (1999). E é director do Instituto Moreira Salles (https://ims.com.br/)  e editor da revista Piauí (http://piaui.folha.uol.com.br/).

“Excelente. É um filme comovente e inteligente sobre a absoluta felicidade e a utopia que como tudo o que é intensíssimo tem um tempo e acaba. Trata da vida e da morte, da esperança e da desilusão com poesia mas sem nostalgia”
Irene Pimentel, O Fio da Meada, Antena 1

“Que mais importante há que essa coisa pessoalíssima e universal, um homem a falar sobre felicidade? E falar da subjetividade, dessa voz pessoal, comentando a objetividade factual das imagens de atualidade sobre a Grande Revolução Cultural chinesa, o Maio de 1968 e a invasão da Checoslováquia pelos tanques soviéticos? Fazem agora meio século todos esses magnos acontecimentos. Mas em No Intenso Agora eles são tratados pelo ângulo fechadíssimo de um homem a olhá-los. À maneira "eu e o mundo" (aliás, com quem o mundo está sempre). A voz é dele, única, como é a de cada um de nós; os acontecimentos são universais, de 1968, um ano millésime, como se diz de grandes vinhos.” Ferreira Fernandes, Diário de Notícias

"Um "ovni" que importa conhecer e celebrar. Desde logo porque estamos perante um trabalho documental que não se esgota no cliché pitoresco segundo o qual as memórias brasileiras seriam apenas uma monótona colagem de Carnaval e bossa nova... Mais do que isso, este é um filme que se coloca no interior de uma questão actualíssima de representação e pensamento. A saber: como revisitar o nosso próprio passado, reinscrevendo-o no presente que partilhamos com os outros?"
João Lopes, Diário de Notícias