Moutains may Depart, o novo filme de Jia Zhang-ke e The Assassin de Hou Hsiao-Hsien estão em competição no Festival de Cannes e serão distribuídos pela Midas Filmes em Portugal

Jia Zhang-ke é o mais conceituado realizador chinês que ao longo da sua filmografia tem feito um retrato, por vezes cómico, por vezes desiludido, por vezes violento da China contemporânea. Moutains may Depart é uma história em três tempos. China, 1999. Em Fenyang, os amigos de infância Liangzi, mineiro, e Zhang, dono de uma bomba de gasolina, estão ambos apaixonados por Tao, a rapariga mais bonita da cidade. Tao acaba por casar com Zhang e têm um filho a que ele chama Dollar.
2014. Tao divorcia-se e o filho parte com o pai, agora uma homem de negócios, para a Austrália.  
Australia, 2025. Dollar, agora com 19 anos mal consegue falar mandarim e comunicar com o pai, que foi à falência. Tudo o que recorda é o nome da mãe. Da China à Austrália, as vidas, esperanças e desilusões de três indivíduos numa sociedade numa acelerada e cruel mutação.

The Assassin é a história de uma assassina excepcional que enfrentará um dilema na China do século IX. Nie Yinniang, a filha de dez anos do general, é raptada por uma freira que a inicia nas artes marciais, transformando-a numa assassina excepcional que tem como missão eliminar os governadores corruptos e cruéis. Um dia, depois de ter falhado uma missão, é enviada para a sua terra natal para matar o homem a quem tinha sido prometida – um primo que agora lidera o exército no Norte da China. Depois de 13 anos de exílio, a jovem mulher tem de enfrentar os pais, as memórias e todos os sentimentos que reprimira. Uma escrava nas mãos da sua mestre, Nie Yinniang tem de fazer uma escolha: sacrificar o homem que ama ou quebrar o laço sagrado que a une aos assassinos.