02 Setembro 2020
O NOSSO TEMPO DE CARLOS REYGADAS CONTINUA EM EXIBIÇÃO
O Nosso Tempo, o último filme de Carlos Reygadas, antestreado em Veneza e premiado em vários festivais, continua em exibição em Lisboa (Cinema Ideal) até dia 9 de Setembro.

Reygadas, realizador de Post Tenebras Lux e um dos mais conceituados realizadores mexicanos contemporâneos, filma um casal em crise num filme em que o próprio realizador e a sua família dão corpo aos protagonistas.  

Uma família vive no campo no México, criando touros. Esther é a encarregada da propriedade, enquanto o marido, Juan, um poeta famoso, cria e selecciona os animais. Quando Esther se envolve com um dos rancheiros, Juan parece incapaz de atingir as suas próprias expectativas. 

O filme venceu o prémio de Melhor Filme no Festival do Uruguai, o Prémio da Crítica no Festival de São Paulo e o prémio de Melhor Realizador no Festival de Havana. 

"O Nosso Tempo, em que as teorias de um casal sobre amor, fidelidade e traição vão sendo desfocadas pelos sentimentos, pela posse e pelo ciúme, reclama para o cinema que ele seja capaz de transcender a prosa e a sintaxe conforme. Western das emoções, com este filme o mexicano Carlos Reygadas marca o seu território como um animal violento, poderoso."  Vasco Câmara, Público  

"Uma crise matrimonial contada em filme, com a delicadeza de um poema e a brutalidade de um touro, que se recusa a morrer antes do fim da vida." Mariana Almeida Nogueira, Visão 

"Um filme de contrastes e contradições, a história de um paraíso que se perde por causa da força de uma mulher e da fraqueza de um homem – depois da luz, as trevas, naquele que é para nós o melhor (o grande?) filme de Reygadas." Jorge Mourinha, Público 

"Muito provavelmente é do mexicano Carlos Reygadas que nos chega o cinema mais desafiante do nosso tempo." Paulo Portugal, Insider  

"Com assinatura de Carlos Reygadas, um dos nomes mais internacionais do atual cinema mexicano, aí está "O Nosso Tempo", retrato íntimo de uma crise conjugal em que o cineasta e a sua mulher, Natalia López, interpretam as personagens centrais." João Lopes, DN

"Regista cenas da vida conjugal de um casal em crise, Juan e Esther, que vive numa propriedade rural do México onde se criam touros, partilhando ambos as responsabilidades da ganadaria, e sendo ele também um poeta prestigiado internacionalmente. A condição social burguesa e intelectual de Juan e Esther é fundamental para garantir a verosimilhança do modo como eles praticam e reflectem sobre uma relação livre, onde cada um vai tendo outros parceiros, e que só colide com a estabilidade da união quando ela se apaixona por um americano, Phil, que Juan contrata para cuidar dos cavalos da propriedade." Ricardo Gross, À pala de Walsh