13 Julho 2015
TÁXI DE JAFAR PANAHI, URSO DE OURO EM BERLIM, APLAUDIDO PELA CRÍTICA E PÚBLICO
Táxi de Jafar Panahi, o filme que ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim, continua em exibição em Lisboa (Ideal e UCI El Corte Inglés), Porto (UCI Arrábida), Aveiro (Fórum) e Coimbra (Dolce Vita).
O filme foi unanimemente aplaudido pela crítica que o considera já um dos melhores filmes de 2015:

"Um filme notável na sua singeleza e sentido de humor, através de personagens que vão revelando as contradições da sociedade criada pelos dirigentes religiosos, mostrando as suas fissuras, os esquemas dos cidadãos para escapar à censura e ao controlo imposto pelos tenebrosos Guardas da Revolução. Não há inocência, e o humor é evidentemente sarcasmo que encontra o seu apogeu no episódio em que a sobrinha do realizador tem de fazer um filme para a escola que respeite os princípios de bom gosto da república islâmica evitando, entre outras minudências, o realismo sórdido e a confusão entre géneros"
Rui Monteiro, Time Out

"Um dos grandes filmes de 2015, e talvez mesmo o melhor filme do cineasta iraniano. Táxi pode não ser um filme como a República Islâmica o quer, ou um filme como muita gente acha que deve ser um filme. Mas é, claramente, um filme. Um dos maiores de 2015." Jorge Mourinha, Público

"Na sua metódica deambulação pelas ruas, estamos perante um gesto de admirável afirmação de liberdade criativa, celebrando o cinema como essa vontade indomável de olhar o mundo à sua volta — mesmo não saindo do espaço exíguo de um taxi." João Lopes, RTP

"Táxi é um filme astuto, tolerante, ágil e corajoso, onde Panahi diz e revela mais sobre a realidade, a complexidade, o quotidiano, os problemas, as tensões e as pessoas do Irão de hoje, do que mil telejornais ou programas das televisões do Ocidente. E que volta a mostrar que de uma sociedade vigiada e censória como a iraniana, pode sair algum do melhor cinema que se faz hoje no mundo."
Eurico de Barros, Observador

"O tour de force de Táxi é a fidelidade a um mundo paralelo e subterrâneo, com figuras condenadas à ilegalidade. Como Jafar Panahi, que foi empurrado para dentro do seu próprio cinema."
Vasco Câmara, Público

"Este é um daqueles filmes que todos os que o virem vão dizer que deve ser visto. Se não for pelas razões mais óbvias – tudo o que a obra representa enquanto símbolo contra a opressão política –, será pela divertida e enriquecedora jornada que Jafar Panahi proporciona." Daniel Neves, NiT New in Town

"Condenado pelas autoridades do Irão, Jafar Panahi continua a fazer cinema: no filme Táxi mostra-se como exilado dentro do seu país. Com a estreia do filme Táxi (amanhã), do iraniano Jafar Panahi, podemos redescobrir o universo de um cineasta que, afinal, foi proibido de desenvolver o seu trabalho. O "caso Panahi" tornou-se mesmo um dos temas mais universais, e também mais mobilizadores, da comunidade cinematográfica internacional." João Lopes, DN

A censura proibiu Jafar Panahi de fazer filmes, mas para fazer um grande filme basta uma pequena câmara e um táxi.
Um táxi circula pelas ruas coloridas e vibrantes de Teerão. Vários passageiros entram no táxi e vão falando ingenuamente sobre as suas opiniões com o taxista, que é o próprio realizador Jafar Panahi. A câmara colocada no seu estúdio móvel permite capturar o espírito da sociedade Iraniana através desta viagem divertida e dramática.