Raul Brandão era um grande escritor...
João Canijo
Estreia: 01-05-2012
Na Nespereira, Guimarães, onde Raul Brandão viveu, sobrevivem dois níveis de memória do escritor: a veneração da memória do génio esquecido, pelos seus descendentes, que não ultrapassa o âmbito do privado e do familiar; o desinteresse da população em geral, que confunde a importância de um grande escritor com a lembrança da senhora da casa rica onde se pedia esmola…

Nota de Intenções
Este filme é uma pesquisa sobre a falta de visão da realidade portuguesa e consequente confusão da memória. O exemplo de Raul Brandão servirá de paradigma ao que se consegue inscrever no branco confuso, psíquico e histórico, que os portugueses constroem e onde na generalidade nada deixa marcas.
Na Nespereira, Guimarães, onde Raul Brandão viveu, sobrevivem dois níveis de memória do escritor: a veneração da memória do génio esquecido, pelos seus descendentes, que não ultrapassa o âmbito do privado e do familiar; o desinteresse da população em geral, que confunde a importância de um grande escritor com a lembrança da senhora da casa rica onde se pedia esmola…
Raul Brandão só deixou uma marca confusa na população da Nespereira, mas neste caso nem a própria terra tinha uma memória para deixar. A freguesia da Nespereira não tem uma memória que a organize porque não existia enquanto aldeia, e continua a não existir enquanto povoação estruturada.
ficha tÉcnica
realização e argumento João Canijo
voz Nuno Lopes
pesquisa histórica Hugo dos Santos
imagem Mário Castanheira
montagem João Braz
assistente de realização Rui Macedo
som Carlos Conceição
montagem e mistura de som Elsa Ferreira
produção Sofia Tonicher, Mário Gomes  
assistente de produção Rute Gião
angariação de apoios Rita Gonzalez
imprensa e promoção Marta Fernandes
administração de produção Joana Moura
produtor Pedro Borges

uma produção Midas Filmes para Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura


PORTUGAL, 2012, 33', cor, p&b, digibeta, stereo